segunda-feira, setembro 25, 2006

vejam este novo blog

VEJAM UMA ENTREVISTA QUE NOSSO ARTISTA MAIOR DEU AO PORTAL DO IBERÊ CAMARGO

06.09.2006

Eu não gosto de estilo nuncaDesde a década de sessenta, o artista paraibano Antonio Dias vive entre a Europa e o Brasil.


Com uma carreira consolidada e reconhecida também no exterior, o artista vive no Rio de Janeiro, mas também mantém ateliê na Itália e Alemanha.Antonio Dias começou ainda adolescente a se dedicar às artes. Explorou diversas técnicas e está sempre reinventando e pesquisando sua linguagem. Entre as diversas exposições, que participou, estão a Bienal de Veneza, Bienal de São Paulo e Bienal do Mercosul, além de inúmeras individuais e coletivas internacionais.Conheça mais sobre o seu trabalho.No final de década de 1950, você se muda da Paraíba para o Rio de Janeiro e já em 1965 realiza a sua primeira individual internacional, além de participar da Bienal de Paris. Como foi esse início? Você já trabalhava com arte na Paraíba?Não. Eu desenhava por conta própria em casa. Meu avô me dava alguma orientação – não sei porque ele sabia alguma coisa, mas sabia. Mas, eu não tinha modelos, nem quadros em casa, nem livros de pintura. Eu pensava em história em quadrinhos. E, quando eu tive que ir para o Rio, com quase 14 anos, era uma situação completamente diferente, porque não havia dinheiro e tinha ainda que estudar. Eu fiquei estudando por um ano e depois fui trabalhar. No trabalho, eu comecei a ver alguns livros de pintura, porque um colega mais velho, pintor, me deu, e comecei também a fazer umas gravuras no equipamento do escritório. Um engenheiro, que era amigo do Goeldi, viu, me apresentou a ele e pediu para eu ficar lá trabalhando. O Goeldi aceitou, foi ótimo. Eu não tinha estudo para entrar na universidade de Belas Artes, eu tinha 15 anos. Depois, comecei a viver de ilustrações e um pouco de trabalho gráfico. Joaquim Tenreiro começou a comprar trabalhos meus – ele tinha uma loja onde apresentava artistas. Era um fantástico grupo de gente me ajudando. Eu acho que eles achavam que eu era guri demais para estar vivendo sozinho e procuravam me ajudar mesmo.A minha primeira individual foi com 17/18 anos. Saiu no jornal uma crítica boa do Jaime Maurício, a colecionadora mais conhecida da época comprou trabalhos meus e, em seguida, eu mudei de estilo. Lá por 63, deu uma Rê Bordosa na minha cabeça e comecei a achar que não era mais nada daquilo, que era tudo muito comportado, muito certinho, uma cor perto da outra cor, uns marronzinhos. Naquele momento, eu devia estar explodindo em todos os sentidos... Então, num certo momento, eu me tranquei em casa durante dias e comecei a fazer esse outro estilo, que ficou conhecido como o dos anos 60, ou visceral, como dizem – tudo vermelho, preto, branco, violência, sexo, pornô. Fiz, então, uma exposição, que não vendeu nada, mas foi levada, em seguida, para Paris. Foi uma coisa que foi acontecendo naturalmente, eu não sabia o que estava acontecendo, na verdade. Em 1965, eu ganhei o prêmio da Bienal, que dava direito a ficar seis meses na França com uma bolsa. Eu acabei indo no final de 1966. A ditadura militar foi piorando o arrocho e, fora isso, eu fui comecei a ser convidado para algumas exposições, algumas em museus e depois algumas individuais em Berlim. Em Berlim, começaram a pipocar os movimentos estudantis justamente quando eu estava lá. Quando eu voltei para Paris, eles começaram por lá também. E, aí, fui ficando. Fiquei os primeiros cinco anos sem voltar ao Brasil. Você acaba criando uma situação sua lá, que é como se você tivesse vivendo ali. Era o que eu estava fazendo. Depois de Maio de 1968, os franceses não renovaram a minha permissão para ficar lá, e eu fui para a Itália, que foi ótimo. Eu conheci todo um outro tipo de arte que estava sendo feita na Itália, que era muito mais interessante para mim, como a arte povera. Fora isso, conheci outros artistas, que não se viam quase nunca nas exposições francesas, e que eu passei a estimar muito. Também em Milão, aconteceu de, logo de saída, eu encontrar um dos melhores galeristas da época – nós já tínhamos nos encontrado em Paris, na casa de outro -, que me pediu para levar umas obras. Em três meses eu estava com contrato com essa galeria. Foi muita “estrela”, como se diz. Mas tinha também muito trabalho, eu estava sempre procurando trabalhar, mudar, conhecer pessoas, aprender a língua.Eu sempre pensava em ir, procurar outros cantos e hoje até me sinto muito parado. Porque se não, de vez em quando, eu estaria indo para o oriente... uma grande maluquice minha, o oriente, eu gosto de ir para lá, ficar olhando.O teu lugar é um pouco ficar procurando outros lugares?Me interessa muito, quando eu chego num lugar, procurar um material, procurar alguma coisa que me ligue àquele lugar. Não vejo muito como é possível ir de lugar em lugar e permanecer fazendo só aquela coisinha que tem o seu estilo. Eu não gosto de estilo nunca. Quando começa a se estabelecer, eu digo: - tá congelando, pode jogar fora.No meio dessas andanças, você foi para o Nepal e foi importante para o seu trabalho naquele momento. Como foi a experiência?Foi quase há trinta anos. E condicionou o meu trabalho por 10 anos. Depois do Nepal, praticamente até 1988, eu quase não usei tela, pintava em cima do papel. Lá foi uma dessas casualidades. Eu tinha ido pensando em comprar o papel e levar para a Europa. Eu não tinha me informado nada como era aquilo e, quando eu cheguei lá, vi que a única maneira seria comprar em comunidades perto da fronteira tibetana. Fui até lá e encontrei uma coisa tão curiosa que eu decidi passar umas três/quadro semanas até eles fazerem o papel. Só que o tempo deles era enorme, dilatado, uma semana virava um mês tranqüilamente. E, com isso, eu fui ficando e nada ficava pronto. Por isso, eu comecei a fazer outros trabalhos lá com eles. Foi muito interessante, eu procurava fazer trabalhos que pudessem mostrar a eles maneiras diferentes de usar o papel e não usar essa mão-de-obra a toa. Nós fizemos papéis redondos, papéis com rasgos, papéis com segunda camada. Foi muito interessante, mas meio sacrificado. Fiquei cinco meses – 8 kilos a menos.Você tem trabalhos em diversas técnicas e mídias. Como foi se dando essa experimentação?Quando qualquer tipo de trabalho começa a se repetir ou a perder o rumo ou adquirir um rumo meio estilístico repetitivo, eu perco a tesão de trabalhar com aquilo. É igual namoro. Se você tem uma experiência com o trabalho que te levante, você fica superatento a tudo, renova a sua cabeça. Eu acho que a arte tem que fazer isso. É uma troca de estímulos. Isso é um lado. O outro lado é porque tecnicamente essas coisas todas me deixam curioso. Pena que eu não nasci com um computador no meio dos meus brinquedos, senão eu estaria brincando também com isso hoje, mas não vou aprender. Mas, nas coisas, em que eu posso obter uma informação técnica e melhorar, tenho muita curiosidade de ver se elas permitem a existência da arte também ali dentro.Para mim, não é o material ou a técnica que acomoda a coisa. Foi porque houve um certo conceito, uma certa estrada do que eu quero fazer, que escolho o jeito de fazer. Quando eu fui para o Nepal, por exemplo, o que me fez ficar lá, não foi encontrar o lugar onde poderia ser feito o papel para a gravura que eu queria. Quando eu vi como era fabricado o papel, me bateu um trabalho que há três anos eu ficava imaginando como construir e não via materialmente a solução. Lá, eu disse: – vai ter com este material. E foi botar esse trabalho inteiro para frente que me fez realmente ficar. Eu voltei com ele para a Europa pensando no que iria resultar a virada tamanha que dei no meu trabalho. Havia a possibilidade de eu me dar muito mal do ponto de vista mercadológico. Houve a casualidade das galerias dizerem: – que legal, que ótimo, vamos fazer a exposição logo. Fui à Bienal de Veneza com o trabalho também.Como é o teu processo criativo? Você vai ao ateliê todos os dias?Não, não vou todos os dias, não trabalho seguido, muitas vezes fico a toa mesmo. Mas o a toa meu significa estar lendo certos livros, de onde começo a seguir uma pista, pode ser biologia. Essa série de pinturas dos últimos anos, chamada Autonomias, vem toda de uma série de leituras que eu fiz de Francisco Varela, um biólogo chileno, que fala das células como coisas autônomas. E, no meio dos trabalhos eu misturo os conceitos e vou vendo como eles começam a existir ou a coexistir na arte. Mas, é isso. De repente pára também, você cansa. Às vezes, você é obrigado a desistir porque não tem onde colocar, ninguém se interessa.O que você está pesquisando agora?Agora estou pesquisando só para mim, sem objetivo de exposição, pinturas nuns formatos meio estranhos, com materiais novos, cores e superfícies diferentes. Mas é um pequeno trabalho que eu faço com espírito de laboratório. E tenho filmado em vídeo muita coisa. Acabei de editar o primeiro trabalho de vídeo, depois de 25 anos, e vou apresentar em novembro no Rio. Chama-se Derrotas e Vitórias e é dedicado ao meu neto. A cor é sempre presente no seu trabalho. Como ela funciona para você?É engraçado, porque eu quase me considero um incapaz de colorir. Então, periodicamente eu faço uma espécie de laboratório. Por exemplo, eu pego aquarela e trabalho três meses com aquarela para ver se consigo entender melhor. Eu sou quase maniqueísta nas cores, é tudo preto ou branco, ou cobre ou ouro. Ultimamente eu tenho experimentado com alguns materiais que são venenosos para manipular e tem cores diferentes, como o verde limão. Na Bienal do Mercosul, tinha um quadro grande que era meio estourado de pigmentos, mais ou menos nessa linha. Mas é sempre uma tentativa minha de vencer o problema de eu não ser um colorista e sim um grafista.Como foi fazer gravura aqui no Ateliê de Iberê Camargo? Você conheceu Iberê?Fazer a gravura foi uma coisa muito simpática, o ateliê é ótimo. A convivência com o Eduardo e com o Marcelo lá dentro foi de uma simpatia única. Nós resolvemos tudo em pouco tempo. Eu tinha começado como gravador, então eu sei mais ou menos o que fazer. Embora eu faça muito pouco, esse é um meio que eu realmente eu gosto. O Iberê eu conheci logo cedo. Quando eu entrei pro Goeldi, tinha uma amiga gaúcha, que estudava na mesma sala, e conhecia o Iberê. Ela me levou para conhecê-lo. Ele já era um mestre em metal e sempre foi muito afável ao conversar, dava as opiniões dele sempre muito francas, o que nem sempre todo mundo gosta. E, assim nos conhecemos e de vez em quando a gente se via. Eu ia ao ateliê dele com o Vergara, com o Antônio Grosso, com amigos, mas não foram muitas ocasiões. Mais tarde, me encontrei com ele poucos anos antes de ele vir pro Rio Grande. Já era um bocado de tempo que a gente não se via, dei um abraço grande nele. O Iberê para mim tem um approach ético com o trabalho que quase ninguém tem.

domingo, setembro 24, 2006

LINKS DE MUSEUS NO BRASIL E NO MUNDO

Museus brasileiros



Museu de Arte de São Paulo - Assis Chateaubriand: www.masp.art.brCentro de Estudos Afro-
Orientais - Bahia: www.ceao.ufba.brFundação Maria Luisa e Oscar Americano: www.fundacaooscaramericano.org.brFundação Museu Carlos Costa Pinto: www.museucostapinto.com.brFundação Museus Raymundo Ottoni de Castro Maya: www.visualnet.com.br/cmayaMuseu Butantã: www.butantan.gov.br/museuMuseu Casa de Portinari: casadeportinari.com.br/principal.htmMuseu da Imagem e do Som - SP: www.mis.sp.gov.brMuseu da República - RJ: www.museudarepublica.org.brMuseu de Arqueologia de Xingó - Sergipe: www.museuxingo.com.brMuseu de Arqueologia e Etnologia UFBA - Bahia: www.mae.ufba.brMuseu de Arqueologia e Etnologia da USP: www.mae.usp.brMuseu de Arte Brasileira FAAP - SP: www.faap.net/museuMuseu de Arte Contemporânea da USP: www.macvirtual.usp.brMuseu de Arte Moderna da Bahia: www.mam.ba.gov.brMuseu de Arte Moderna de São Paulo: www.mam.org.brMuseu de Arte Moderna do Rio de Janeiro: www.mamrio.com.brMuseu de Arte Sacra UFBA - Bahia: www.mas.ufba.brMuseu de Arte Sacra de São Paulo: www.sarasa.com.br/artesacraMuseu de Imagens do Inconsciente - RJ: museuimagensdoinconsciente.org.brMuseu de Valores do Banco Central - Brasília: www.bcb.gov.br/?MUSEUMuseu de Zoologia da USP: www.mz.usp.brMuseu do Oratório - Ouro Preto - MG: www.oratorio.com.brMuseu Histórico Nacional - RJ: www.museuhistoriconacional.com.brMuseu Imperial - Petrópolis: www.museuimperial.gov.brMuseu Lasar Segall: www.museusegall.com.brMuseu Mariano Procópio: www.centralx.com/m/index3.htmMuseu Nacional da Universidade do Rio de Janeiro: acd.ufrj.br/museuMuseu Paraense Emílio Goeldi - PA: www.museu-goeldi.brMuseu Paulista da USP: www.mp.usp.brMuseu Republicano de Itú: www.mp.usp.br/mrMuseu Villa Lobos: www.museuvillalobos.org.br



Museus internacionais



Centre National d´art et de culture Georges-Pompidou: www.cnac-gp.frGuggenheim Museums: www.guggenheim.org/index.htmlMexican Fine Arts Center Museum: www.mfacmchicago.orgMoMA - The Museum of Modern Art: www.moma.orgMusée D'Orsay: www.musee-orsay.frMusée du Louvre: www.louvre.frMusée du Quebec: www.MDQ.orgMusée Rodin: www.musee-rodin.frMusei Vaticani: www.christusrex.org/www1/vaticano/0-Musei.htmlMuseo del Prado: museoprado.mcu.esMuseum of London: www.museum-london.org.ukPhiladelphia Museum of Art: www.philamuseum.orgRijksmuseum Amsterdam: www.rijksmuseum.nlSan Francisco Museum of Modern Art: www.sfmoma.orgThe British Museum: www.british-museum.ac.ukThe Metropolitan Museum of Art: www.metmuseum.orgThe Natural Museum of Natural History: www.mnh.si.eduThe Paul Getty Museum: www.getty.edu/museumVan Gogh Museum: www.vangoghmuseum.nl

MARCA DA LOURO&CANELA GALERIA ONDE FIZ UMA MOSTRA AGORA DIA 8 DE SETEMBRO DE 2006

sexta-feira, setembro 22, 2006

ESTA IMAGEM O REGINALDO MARINHO ME MANDOU ATACHADO EM UM COMENTÁRIO DELE, É MUITO BONITA,DEVE SER DAQUI


É UMA PINTURA DO PANCETTI SEM TIRAR NEM POR

Louro e Canela

quinta-feira, setembro 21, 2006

VEJAM ESTE SITE DE ARTE CONTEMPORÂNEA QUE É MUITO INTERESSANTE

quarta-feira, setembro 20, 2006

veja o blog do grupo novolharvsuais

ESTA MATÉRIA DE LISETE LAGNADO É INTERESSANTE ESTA ESTE MÊS NA BRAVO VEJAM

Artes PlásticasSeja brasileiro, seja herói Lisette Lagnado, curadora da 27ª Bienal de São Paulo, fala sobre o evento que acontece em outubro/06 e defende ser necessário acreditar em um pensamento nacional independente Por Fernando Oliva e Marcelo RezendeLisette Lagnado: "Desta vez tudo terá o mesmo peso, o mesmo valor"Lisette Lagnado: "Desta vez tudo terá o mesmo peso, o mesmo valor"Foto Edouard FraipointMULTIMÍDIA Ouça trechos em áudio da entrevista de Lisette Lagnado: * Trecho 1 * Trecho 2Uma mostra internacional de arte que possa ser a um só tempo uma reflexão sobre o homem, o tempo e a sociedade — e um acontecimento para a discussão do papel do pensamento brasileiro em um contexto globalizado. Esse é o projeto elaborado pela curadora Lisette Lagnado para a 27ª Bienal de São Paulo, que terá sua "seção expositiva" aberta ao público em outubro/06, com 118 artistas. O acontecimento não será o início, mas o instante culminante de um modelo que faz do debate um meio para o processo criativo e uma via de diálogo com o público, com seminários abertos, residências de artistas e projetos educacionais. O evento tem por tema "Como Viver Junto", título de um curso dado pelo semiólogo francês Roland Barthes (1915-1980) na década de 1970. Nele, Barthes refletia sobre o ritmo de cada um frente a um ritmo maior, imposto por um grupo. Outra presença é a do artista Hélio Oiticica (1939-1980) e seu Programa Ambiental — o momento no qual a obra de arte está no mundo, e o espectador é um participante da experiência artística. Nesta entrevista, Lisette (uma brasileira nascida em 1961 no Congo, África) fala do papel da Bienal de São Paulo hoje, sua relação com as grandes exposições e a polêmica decisão em abolir as representações nacionais, nas quais os artistas eram expostos seguindo critérios de nacionalidade, além de serem indicados por seus respectivos governos. BRAVO!: Qual a primeira bienal que você viu e que tipo de lembrança e impacto teve sobre você?Lisette Lagnado: Como vocês sabem, eu não nasci no Brasil. A primeira bienal que vi foi uma feita por Walter Zanini [crítico brasileiro], em 1981. Cheguei ao Brasil em dezembro de 1974 e aprendi português quando entrei na faculdade, em 1979. Eu cursei ciências sociais na Universidade de São Paulo, mas tranquei, abandonei. Depois, segui mesmo o jornalismo. Em 81, minha primeira experiência profissional aconteceu na extinta revista Arte São Paulo. Eu tinha lido no jornal que o artista francês Hervé Fisher iria mudar as sinalizações nas ruas de São Paulo. Então, por exemplo, quando você via a indicação "Liberdade", e tinha uma flecha para cá, ele mudava a flecha para cima... Hervé Fisher, que é de origem canadense, era um professor da Sorbonne e tinha fundado a sociologia da arte. Então a minha entrada foi pela sociologia. Foi uma obra que me marcou muito... na verdade, duas. Fiquei fascinada por um trabalho do Cildo Meireles, A Bruxa, uma vassoura que vinha do terceiro andar do pavilhão até embaixo. Uma vassoura de palha. E há ainda um trabalho do Tunga, que é maravilhoso, aquele em que se ouve ininterruptamente a voz de Frank Sinatra cantando o refrão de Night and Day. Naquele momento aquilo para mim foi um divisor de águas. O impacto no público parece ser sempre uma questão para as grandes exposições. Essa é uma questão para a 27ª Bienal?Em alguns casos, sim. Eloisa Cartonera (EC), um coletivo de Buenos Aires, por exemplo. Eles são uma editora, mas não vamos colocar estantes com livros. As pessoas vão se apresentar com seus textos inéditos e eles vão publicar. É uma editora que se define por só ter títulos latino-americanos. Em Buenos Aires, trabalham em parceria com os catadores de papelão, que fornecem o material para as capas dos livros. Eu estive com eles lá, e me explicaram que as caixas de vinho são as melhores. Já as de detergente não prestam, porque já vêm manchadas... Dos catadores, eles compram o papel por um preço cinco vezes maior que o do mercado. Em Buenos Aires, com a crise, você tem pessoas com mestrado e doutorado vendendo caneta na esquina... Tenho um pouco de medo dessa pergunta, porque tenho ressalvas à maneira como é tratada a questão da interatividade hoje. Porque tenho medo da idéia de playground, em que a pessoa chega e vê um troço que gira, que pesa seis toneladas, as crianças brincam, etc., mas aquilo não tem um conceito. Nesta bienal também estamos discutindo qualidade de vida, meios de sobrevivência num sistema globalizado... LEIA EM BRAVO DE SETEMBRO/06 (NAS BANCAS) A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA DE LISETTE LAGNADOLISTA DO EDITOR

A GALERIA LOURO E CANELA

DÊ UM KLIC NO MÊS DE SETEMBBO,E VEJA TODA A MOSTRA DE FRED SVENDSEN NA LOURO E CANELA



JONAS LOURENÇO JÔ CORTEZ SUA ESPOSA E FRED SVENDSEN DURANTE A ABERTURA DA MOSTRA DE FRED SVENDSEN E MARIA DOS MARES, NA LOURO E CANELA. DOIS (UM ) CAMINHO INAUGURADA DIA 8 DE STEMBRO DE 2006

MARIA DOS MARES E JORGE SANTANA

JONAS, UM AMIGO, ALAIDE, E JÔ

ABERTURA DA MOSTRA

MARIA DOS MARES E FRED SVENDSEN LENDO UM PEDIDO DE ATITUDE COM RELAÇÃO AO MUSEU DE ARTE DA PARAIBA

JONAS LOURENÇO SUA ESPOSA JÔ CORTEZ, E O ARTISTA PLÁSTICO CLÓVIS JÚNIOR

TRABALHOS DE MARIA DOS MARES

FRED SVENDSEN FOTOGRAFADO POR JÔ CORTEZ

FOTÓGRAFO JOÃO LOBO E O ARTISTA PLÁSTICO FLÁVIO TAVARES

JONAS LOURENÇO,CASSIO MURILO E ESPOSA,E JÔ

LIAMAR PRIMO,JONAS LOURENÇO,PATRÍCIA E GERARDO RABELO

BETÂNIA TEJO,FRED SVENDSEN,MARIA DOS MARES,JORGE,JONAS E CRISTINA EVELISE

FRED,MARIA DOS MARES,E OS ARQUITETOS JORGE SANTANA E JONAS LOURENÇO

DEU NA REVISTA CONTINENTE DO RECIFE, LEIA É INTERESSANTE

Edição Nº69- Setembro de 2006

ARTES
Arte contemporânea em interface com a cidade
Semana de Artes Visuais do Recife (SPA das Artes) chega à quinta edição como um evento consolidado que investe na experimentação e na aproximação da arte com o espaço urbano
Por Olivia Mindêlo Enquanto bienais, salões, museus e galerias legitimam a arte contemporânea por meio de um rigoroso discurso crítico da curadoria, que muitas vezes até distancia a obra do espectador, eventos como a Semana de Artes Visuais do Recife (o SPA das Artes) procuram fazer um movimento contrário, mais experimental, próximo do público e um pouco mais livre de amarras estéticas e conceituais. A iniciativa, que consolida sua quinta edição em vários pontos da cidade entre os dias 10 e 16 deste mês, não tem a intenção de negar a importância do papel das instituições para a produção atual, até porque tem o aval e o suporte da Prefeitura do Recife, mas desde o início se coloca como uma alternativa muito menos formal e mais democrática, tanto para os artistas quanto para o público, de se produzir, pensar e consumir arte no ambiente urbano. “A gente queria criar um evento sem o recorte dos salões, cada vez mais restritos à entrada de artistas convidados. A idéia foi, de início, mapear a produção na cidade e, além disso, promover um evento em que as pessoas que não têm acesso aos poderosos curadores pudessem participar livremente para expor seus trabalhos”, conta Maurício Castro, artista plástico e um dos fundadores do SPA das Artes, em 2002, junto com outros criadores e gestores públicos da época, como Rinaldo da Silva, José Paulo, Fernando Augusto e Fernando Duarte. Foi a partir de um compromisso político, portanto, que se foi moldando o perfil do SPA, hoje um espaço em que cabem tanto idéias mais complexas quanto manifestações visuais espontâneas, como é o caso das grafitagens, intervenções com cartazes do tipo lambe-lambe ou pinturas nos muros da cidade, expressões imbricadas à linguagem urbana da publicidade, do design, do quadrinho. Essa produção independente, proveniente também da periferia, está sempre no SPA de alguma maneira. Não mais naquele ideal um pouco ingênuo de que todos participam, até porque o evento costuma repetir alguns artistas e dispõe hoje de uma seleção para a concessão de bolsas, a chamada Semanada de Incentivo à Produção. No entanto, não deixa de ser a iniciativa de artes visuais mais aberta da cidade, os próprios não selecionados podem expor seus trabalhos, desde que disponham de condições financeiras para tal. Por fim, a Semana das Artes ainda consegue manter a prática de abrigar uma pluralidade de suportes: desenhos, pinturas, instalações, vídeo-arte, xilogravuras, publicações, grafites e, sobretudo, intervenções urbanas e performances, que se tornaram uma marca do evento. Se não se figuram mais uma novidade na tal tendência desmaterializante da obra de arte contemporânea, as intervenções visuais e sonoras, assim como as performances, cumprem talvez o maior mérito do SPA: transformar a rotina da metrópole através de ações e idéias que investem na interface com a cidade, com os transeuntes, dando-lhes acesso direto às artes visuais feitas atualmente. Longe dos espaços fechados e consagrados de arte, é em ruas, avenidas, parques e pátios do Recife, especialmente do Centro, onde o SPA constrói sua principal vitrine, seu amplo palco de exposição cujo foco é a urbe. “Eu gosto do SPA porque é um evento bem aberto, faz a arte contemporânea, que muitas vezes é chata e hermética, ficar perto das pessoas e da cidade”, reforça Lourival Batista, o Cuquinha, artista que já armou um varal de roupas de uma margem a outra do Rio Capibaribe e amarrou com cordas a Ponte Duarte Coelho com a da Boa Vista, em duas edições passadas do evento. A exceção e novidade este ano é a existência na programação do SPA do prédio da antiga Western, na Praça do Arsenal, no Recife Antigo, que vai servir de abrigo para algumas obras e ponto de encontro do evento. É lá onde vão estar ancorados trabalhos como o da paulista Kika Nicolela, selecionada pelo concurso da Semanada para trazer o vídeo-instalação Face a Face, obra que convida o espectador a gravar respostas a cinco perguntas sobre o amor, que serão editadas e, a cada dia, transformadas numa nova versão de vídeo a ser projetado no local. Contudo dos 27 artistas pernambucanos e de outros Estados escolhidos para receber as bolsas este ano, 20 estarão fora de quatro paredes para mostrar seus trabalhos, seja em cartazes nos muros, projeção de imagens em prédios de uma avenida movimentada ou numa ação performática, que geralmente explora o estranhamento e suscita espanto, curiosidade ou até repúdio por parte dos espectadores. “Fazer uma performance num museu não tem muita graça, porque as pessoas ali são intelectualizadas e já conhecem o que seja a proposta. Na rua, apanham-se muitas surpresas. Eu gosto desse movimento, de fazer com que pessoas como o amolador de alicate, o camelô, o ambulante, vejam. Mesmo que não identifiquem como uma proposta estética, aquilo vai mexer com eles de alguma maneira, principalmente se for uma imagem forte”, analisa a pernambucana Amanda Melo, artista que protagonizou, no SPA 2003, uma das performances mais marcantes da história do projeto, intitulada Isolante. Nua e enrolada da cabeça aos pés com fita adesiva preta, ela propôs uma relação com os transeuntes fazendo um percurso a pé pelos arredores do Pátio de São Pedro, no Bairro de São José. Quem volta a participar do evento, através de bolsa da Semanada, é outra artista que está na lista do Rumos 2006 a também pernambucana Tereza Neuma. Pela segunda vez, ela leva ao SPA uma intervenção sonora, com inserção de voz em rádios FMs da cidade. Para a artista, ações como essas geram um estranhamento típico da arte feita na atualidade. “É legal, porque provoca uma reflexão no sujeito”, reitera. Partilha da mesma opinião a já consagrada artista pernambucana Christina Machado, que participa pela terceira vez consecutiva do evento (segunda com bolsa). Elas são alguns dos artistas que compõem o grupo de selecionados para a Semanada de Incentivo, elegidos por uma comissão julgadora formada por Luiz Camilo Osório, doutor em filosofia pela PUC do Rio de Janeiro e crítico de arte do jornal O Globo; Maria do Carmo Nino, professora de artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e curadora, e pelo próprio Maurício Castro, hoje afastado da coordenação do SPA. Vale lembrar que a Semanada serve de apoio e termômetro. O elemento surpresa, que eclode de trabalhos inesperados na programação, sempre vem como um tempero especial num evento experimental e cheio de “riscos” como esse, às vezes chamando até mais atenção do que alguns selecionados. Há de se aguardar outras “loucuras” vindo por aí. (Leia a matéria na íntegra, na edição nº 69 da Revista Continente Multicultural. Já nas bancas)


Olivia Mindêlo é jornalista

terça-feira, setembro 19, 2006

1948


1948

AQUI BEM MAIOR, QUASE INTEIRO

ESTE É UM TRABALHO NOVO QUE FAZ PARTE DE UMA SÉRIE QUE ESTOU FORMATANDO AGORA

ESTE TRABALHO É SOBRE MADEIRA,ALIÁS JÁ POSTEI ALGUMAS

sábado, setembro 16, 2006

A influência de saturno em capricornio - signo do artista

22 DEZ > 20 JAN




Na Mitologia, Saturno para os romanos e Cronos para os gregos. Filho de Urano (Céu) e Gaia (Géia). A pedido de sua mãe, castra seu pai Urano, que enlouquecera e fazia reinar o caos no mundo. Ao conseguir castrá-lo, interrompe o ciclo de reprodução caótica de seu pai e assume o trono do mundo. Casa-se com sua irmã Cibele (Réia) e tem vários filhos, entre eles Vesta, Ceres, Juno, Plutão, Netuno e Júpiter. Reinando com tirania e crueldade faz o mundo crescer e se tornar rico e fértil, mas à custa da dor e sofrimento dos homens. Em visita a um oráculo, é profetizado que ele perderia o trono para um de seus filhos, que o trairia assim como ele fez com seu pai. Enlouquecido que ficou, como seu pai, que lhe transmitira a loucura, começa a devorar seus filhos para assim impedir que eles o destronasse.




Sua mãe Gaia (Géia) evita que o Saturno enlouquecido, temendo perder o trono para um de seus filhos, devorasse o neto predestinado Júpiter (Zeus). Envolvendo uma pedra num pano, Gaia oferece a Saturno dizendo ser Zeus. Ao engolir a pedra vomita os outros filhos e inicia-se uma batalha que dura dez anos entre ele e seus filhos Júpiter, Netuno e Plutão. Ao fim da luta Júpiter e seus irmãos Netuno (Poseidon) e Plutão (Hades) repartem a universo, cabendo a ele o domínio sobre os céus e a terra. A Netuno são entregues os mares, enquanto a Plutão cabe o mundo subterrâneo e os infernos. Saturno é enviado ao Tártaro, de onde ressurgira numa nova idade de Ouro da humanidade.

Na Astrologia, Saturno, também designado como o Grande Maléfico, representa o pai e as figuras de autoridade. Está associado à responsabilidade, estrutura e as regras. Também associado à severidade, à dureza e às limitações e obstáculos. Também associado à severidade, à dureza e às limitações e obstáculos. Assim como outros planetas, Saturno faz seu ciclo, uma volta completa ao redor do Zodíaco. Completando este ciclo por volta dos 29 anos, provoca crises de amadurecimento e responsabilidade.

SE VC TIVER DIFICULDADES DE TRADUZIR UMA PAGINA ENTRE NESTE LINK

sábado, setembro 02, 2006

MOSTRA

ESTES TRABALHOS FAZEM PARTE DA MOSTRA QUE INAUGURO AGORA DIA 8 NA GALERIA LOURO E CANELA DO AMIGO JONAS LOURENÇO ARQUITETO, NA AVENIDA ÉDSON RAMALHO 75 NA PRAIA. ESPERO TODOS POR LÁ AS 8 E 30 DA NOITE